Aos pouco a economia na indústria aeronáutica vai retomando com base aos resultados de entregas e encomendas das três maiores fabricantes de aeronaves comerciais (Airbus, Boeing e Embraer) no segundo trimestre. Tudo isso com o avanço das vacinas em andamento em todo o mundo e a queda de mortes com à pandemia, em alguns países grande parte da população já tomaram a segunda dose da vacina. Vale ressaltar que a retomada é lenta e de forma gradual, mas que já pode-se ver melhorias com resultados positivos no setor da aviação e viagens.
Incluindo as três maiores fabricantes (Airbus, Boeing e
Embraer) ao todo foram entregues 265 aeronaves (144 narrowbody e 57 widebody),
um aumento de entregas de 52 aeronaves comparado ao primeiro trimestre do ano e
473 encomendas neste segundo trimestre (431 narrowbody e 45 widebody) um
aumento de 147 aeronaves encomendadas comparado ao primeiro trimestre do ano.
Durante o segundo trimestre de 2021, a aeronave narrowbody
(fuselagem estreita ou corredor único) mais entregue foi o Airbus A320neo com
um total de 68 entregas enquanto a aeronave widebody (fuselagem larga ou duplo
corredor) mais entregue foi o Airbus A350-900XWB com 18 entregas.
Quanto as encomendas, o 2T2021 somado com as três maiores fabricantes, tiveram um total de 473 aeronaves (431 narrowbody e 37 widebody). A aeronave narrowbody mais encomendada no período foi o Boeing 737 MAX 10 se tornando a maior encomenda da versão MAX 10 até o momento após a retomada operacional do MAX. Já o widebody mais encomendado foi o cargueiro Boeing 767-300F com 18 encomendas.
Airbus, líder de entrega no primeiro semestre de 2021
Durante o 2T2021, a Airbus entregou um total de 172
aeronaves comerciais (144 narrowbody e 28 widebody), um aumento de 47 aeronaves
entregues comparado ao trimestre anterior sobre o ano. O total de encomendas
foram 126 aeronaves (120 narrowbody e 6 widebody), um aumento de 87 aeronaves
encomendadas comparado ao trimestre anterior.
O A320neo e o A350-900 XWB continuaram na liderança como os
mais entregues pelo segundo trimestre do ano consecutivo e até o momento as
aeronaves mais entregues do ano 2021.
A aeronave Airbus A320neo foi a mais entregue no segundo
trimestre com um aumento de 9 aeronaves entregues comparado ao primeiro
trimestres, um total de 68 entregas no segundo trimestre. Já a aeronave
widebody mais entregue pela fabricante europeia foi o A350-900XWB com o dobro
de entregas sobre o trimestre com 18 entregas como mencionado no começo desta
publicação.
Quanto as encomendas, o Airbus A321neo foi o narrowbody mais
encomendado pela fabricante europeia com 104 encomandas. Já o widebody mais
encomendado da Airbus foi o A350-900 XWB com 5 encomendas.
A fabricante europeia segue na liderança durante primeiro
semestre de 2021 com um total de 297 entregas, 165 encomendas e um grande número
de pedidos em um total de 6.925 aeronaves.
Segundo o site DSM Forecast International, os resultados
ficaram acima das expectativas dos analistas, refletindo entregas de aeronaves
acima do esperado, mas também ajudados pelos resultados de um programa de
reestruturação em andamento.
Antes da pandemia, a Airbus tinha como meta um aumento de 5
por cento na taxa de A320 para 63 jatos por mês a partir de 2021, e também
estava discutindo um aumento adicional com sua cadeia de suprimentos que
poderia ter levado a taxa de produção a tão alta quanto 67 aeronaves por mês,
ou 804 por ano, até 2023. Isso colocaria a empresa ao alcance de um total de
1.000 entregas de jatos por ano. Esses planos agora foram arquivados. Em 21 de
janeiro de 2021, a Airbus lançou um plano de taxa de produção atualizado e
agora espera aumentar a produção do A320 da taxa atual de 40 por mês para 43 no
terceiro trimestre e 45 no quarto trimestre de 2021. Isso representa um aumento
mais lento do que o previsto anteriormente 47 aeronaves por mês a partir de
julho. A taxa de produção mensal do A220 foi aumentada de quatro para cinco
aeronaves por mês até o final do primeiro trimestre de 2021. As taxas de
produção do Widebody permanecerão nos níveis atuais, com taxas de produção
mensal de cerca de cinco e dois para o A350 e A330, respectivamente.
Boeing, líder de encomendas no primeiro semestre de 2021
A Família de aeronaves MAXs vem ganhando a confiança dos
operadores após feito as melhorias realizadas pela fabricante norteamericana
Boeing. Com a retomada de operações dos aviões família MAX em novembro de 2020,
a Boeing no segundo trimestre de 2021 bateu um novo recorde de encomendas no
período.
A Boeing obteve um aumento de 35 pedidos com um total de
pedidos de 317 aeronaves (281 narrowbody e 36 widebody). As entregas tiveram um
aumento de 2 aeronaves a mais durante o segundo trimestre de 2021 comparado com
o primeiro trimestre do ano, um total de entregas de 79 aeronaves (50
narrowbody e 29 widebody).
O Boeing 737 MAX 8 foi a aeronave narrowbody da fabricante
mais entregue no segundo trimestre de 2021 com 84 aeronaves, um aumento de 45
aviões da versão MAX 8 comparado ao trimestre anterior sobre o mesmo ano. Já o
widebody mais entregue no 2T2021 da Boeing foi o cargueiro Boeing 767-300F com
18 aeronaves.
Segundo a Boeing, o programa 737 está atualmente sendo
produzindo com uma taxa baixa e continua esperando aumentar gradualmente a
produção para 31 por mês no início de 2022 com aumentos graduais adicionais
para corresponder à demanda do mercado. A Boeing continuará avaliando o plano
de taxas de produção à medida que monitora o ambiente do mercado e se engaja nas
discussões com os clientes.
Durante o segundo trimestre a Família MAX bateu um novo
recorde de encomendas, a United Airlines fez um pedido de encomendas de 200
aeronaves MAXs (50 Boeing 737 MAX 8 e 150 Boeing 737 MAX 10), a encomenda
tornou-se a maior encomenda para a versão do MAX 10, da mesma forma que
aconteceu durante o primeiro trimestre com um recorde de encomendas feitas para
o MAX 7 pela Southwest Airlines após a retomada operacional da família de
aeronaves MAXs
Um fator curioso foi o número de encomendas por aeronaves
cargueiras sobre o segundo trimestre. Com a pandemia, o setor de e-commerce
juntamente com o setor de carga aérea fez empresas como: Fedex, Lufthansa
Cargo, Silk Way West, Qatar Cargo e um outro operador em sigilo – impulsionar
por encomendas por aeronaves cargueiras Boeing 767F e Boeing 777F.
A Boeing fechou o primeiro semestre de 2021 como a maior fabricante
com mais encomenda, um total de 599 aeronaves. 434 aeronaves a mais de
aeronaves encomendadas que o seu concorrente Airbus que obteve um total de 165
aeronaves encomendada no mesmo semestre.
Mesmo com esse grande número de encomendas no primeiro semestre
de 2021, a Boeing tem um total de 4.166 de pedidos de aeronaves, um número
inferior do seu concorrente Airbus que tem 6.925 pedidos de encomendas.
A brasileira Embraer
A fabricante brasileira Embraer segundo em seu comunicado
oficial com os Investidores entregou um total de 22 jatos no segundo trimestre
de 2021, sendo quatorze jatos comerciais e vinte jatos executivos.
O novo E195-E2 foi o mais entregue no período com um total
de 7 entregas. Um a mais comparado ao primeiro trimestre de 2021.
Durante o segundo trimestre de 2021, a companhia aérea
Helvetic Airways, da Suíça, recebeu a primeira de quatro novas aeronaves
E195-E2. A Helvetic encomendou 12 E-Jets E2 para iniciar a renovação de frota:
oito aeronaves E190-E2 (já em serviço) e quatro E195-E2 (conversões do pedido
original de E190-E2), além de direitos de compra para mais 12 aeronaves
adicionais.
Outro fator relevante foi a última entrega da aeronave Embraer
170. O Embraer170 teve uma carteira total de 171 aeronaves desde o seu
lançamento.
O total de pedidos da Embraer fechou o segundo trimestre de
2021 com 66 aeronaves comerciais a mais comparado com o primeiro trimestre de
2021.
A Embraer encerrou o primeiro semestre de 2021 com 306
pedidos de aeronaves comerciais (141 Embraer 175, 3 Embraer 190, 5 Embraer 195-E2
e 157 Embraer 195-E2).
A atual carteira de pedidos firmes (backlog) inclui o
contrato de 30 aeronaves E195-E2 da Porter Airlines, do Canadá, que foi
inicialmente informado como um cliente “não divulgado” em 29 de abril, sendo
revelado ao mercado em 12 de julho.
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