Acordo de cooperação visa
avançar em tecnologia de armazenamento de energia e recarga de baterias para a
aviação; protótipo tem primeiro voo previsto para 2021. Clique na imagem e leia
em detalhes.
A terceira maior fabricante de
aviões em todo o mundo e brasileira, Embraer (B3 – IBOVESPA: EMBR3 / NYSE: ERJ)
e a empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, EDP
(B3 – IBOVESPA: ENBR3) firmaram parceria para a pesquisa do avião elétrico. Por
meio da divisão EDP Smart, a multinacional de origem portuguesa anunciou um
aporte financeiro para a aquisição da solução de tecnologia de armazenamento de
energia e recarga do avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100%
elétrica, que utiliza um EMB-203 Ipanema como plataforma de testes. O protótipo
que já está em desenvolvimento (foto) tem o primeiro voo previsto para 2021.
O investimento faz parte do
acordo de cooperação que as duas empresas assinaram para avançar no
conhecimento de tecnologias de armazenamento de energia e recarga de baterias
para a aviação – um dos principais desafios do projeto. A parceria vai permitir
investigar a aplicabilidade de baterias de alta tensão para o sistema de
propulsão elétrico de um avião de pequeno porte, além de avaliar suas
principais características de operação, como peso, eficiência e qualidade de
energia, controle e gerenciamento térmico, ciclagem de carregamento,
descarregamento e segurança de operação.
“O histórico de realização de
parcerias estratégicas por meio de mecanismos ágeis de cooperação faz da
Embraer uma das empresas brasileiras que mais estimula redes globais de conhecimento
que permitem um significativo aumento de competitividade do país”, diz Luís
Carlos Affonso, vice-presidente de Engenharia e Estratégia Corporativa. “É uma
satisfação poder contar agora também com a EDP nessa frente de pesquisa
científica para a construção de um futuro sustentável. A inovação é um dos
pilares da nova estratégia da Embraer para os próximos anos”.
“A EDP tem como propósito
liderar a transição energética para uma economia de baixo carbono. A parceria
com a Embraer no desenvolvimento do seu primeiro avião demonstrador de
tecnologia de propulsão 100% elétrica representa uma nova fronteira do nosso
investimento em mobilidade elétrica, contribuindo para posicionar o Brasil como
um player de ponta neste mercado”, afirma Miguel Setas, presidente da EDP no
Brasil.
Cooperação tecnológica
A proposta de desenvolvimento
tecnológico para eletrificação aeronáutica foi inicialmente formalizada num
sistema de cooperação entre Embraer e WEG (B3 – IBOVESPA: WEGE3), em maio de
2019, e é um instrumento eficaz e eficiente para a capacitação e maturação das
tecnologias antes da aplicação em produtos futuros.
Na parceria firmada com a EDP, o
escopo é a pesquisa em torno do armazenamento de energia de alta tensão,
complementando os estudos que já estão em andamento na Embraer. As parcerias,
no âmbito de pesquisa e desenvolvimento, buscam acelerar o conhecimento das
tecnologias necessárias à utilização e integração de baterias e motores
elétricos visando ao aumento da eficiência energética dos sistemas propulsivos
das aeronaves.
Para os ensaios está sendo
utilizado como plataforma demonstradora um avião de pequeno porte monomotor que
realiza avaliação primária das tecnologias de eletrificação. Os testes em solo
têm ocorrido na Unidade da Embraer em Botucatu, interior de São Paulo, em
preparação para o primeiro voo que acontecerá na unidade da Embraer em Gavião
Peixoto (SP).
O processo de eletrificação da
aviação faz parte de um conjunto de esforços realizados pela Embraer e outras
empresas do setor aeronáutico com vistas a atender compromissos de
sustentabilidade ambiental, a exemplo do que já vem sendo feito com
biocombustíveis para redução de emissões de carbono.
A EDP tem o compromisso global
de eletrificar 100% de sua frota até 2030, assim como o de desenvolver novas
ofertas e soluções comerciais que promovam a transição energética. No ano
passado, a Companhia aprovou em Chamada Pública da Aneel sobre o tema
Mobilidade Elétrica Eficiente projetos que representam um investimento de cerca
de R$ 50 milhões, via Fundo de Pesquisa e Desenvolvimento, recursos próprios e
de parceiros.
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