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Boeing 747 ED Force One de Iron Maiden pousará em São Paulo nesta sexta (25)
Foto © Iron Maiden









Vocalista da Banda, Bruce Dickinson foi o responsável por pousar a aeronave em São Paulo.




Na ultima Sexta-Feira (25/03 – feriado nacional) foi vez de São Paulo receber a Banda Iron Maiden a bordo de seu avião, transportando todos integrantes da banda, roadies e uma logística pesando em torno de 21 toneladas. Ah, detalhe! Quem esteve em comando pilotando o avião foi vocalista da banda, Bruce Dickinson! Isso mesmo, o vocalista além de comandar nos palcos é um ícone invejável no mundo da aviação, habilitado para pilotar diversas aeronaves, além disso, Dickinson é dono de companhia aérea.

Na ultima quinta-feira, 24 de março, a banda realizou show em Fortaleza, no Ceará.

O Ed Force One decolou do Aeroporto Internacional Pinto Martins, Fortaleza-CE, por volta das 14h30 (hora local, com trinta minutos de atraso conforme o previsto) rumo a São Paulo com pouso em GRU Airport por volta das 17h45min (hora local, o pouso era previsto para as 17h15). O show em São Paulo aconteceu no sábado, 26, foi ultima 'escala' da banda no Brasil em sua turnê mundial.



A aeronave deixou o Brasil, no domingo (27), com uma hora e meia de antecedência, a decolagem estava prevista de Guarulhos por volta das 14h rumo à New York onde a banda dará continuidade ao resto do Tour que visita 36 países em um período de cinco meses. Com essa antecedência, vários fans da banda e entusiastas perderam o momento da decolagem do avião com a banda!

Sobre o Ed Force One


Para a turnê The Book of Souls, a banda fretou a aeronave Boeing 747-400 com matricula TF-AAK, que pertence à companhia aérea Air Atlanta Icelandic, sediada em Islândia.

Conhecido popularmente de “jumbo” com grande sucesso de aparecer em cenas de filmes, o jato equipado com quatro motores, ganhou apelido e foi nomeado pela banda e fãs de Ed Force One.

Ed Force One possui o serial de fabricação da Boeing 32868 / LN:1325 e foi fabricado em 2003, realizando o seu primeiro voo no dia 05 de março de 2003. No dia 31 de março de 2003, a aeronave foi entregue para a companhia aérea comercial Air France, operando com o registro F-GITH até outubro de 2015, sendo assim, aposentado pela companhia aérea francesa. De outubro até dezembro de 2015, a aeronave ficou estocada em solo sem realizar algum tipo de operação. No dia 21 de dezembro de 2015, o jumbo foi adquirido pela Air Atlanta Icelandic recebendo a atual matricula que o ED Force One opera TF-AAK para sua turnê 2016.

O Acidente no Chile


Após o grande acidente no Chile na manhã do dia 12 de março, Bruce Dickinson, ficou feliz em anunciar que o Ed Force One está completamente restaurado e a aeronave já retornou aos céus.

O acidente exigiu a troca de dois motores do lado direito do Boeing 747 (após o rebocador se chocar com a aeronave, veja mais detalhes aqui) algo que é sempre difícil em situações comuns, mas ainda pior em virtude das distâncias envolvidas para conseguir que estas enormes peças, partes, ferramentas e engenheiros chegassem ao Chile o mais rápido possível para conseguir que o Ed Force One voltasse a voar. Para ter uma ideia, os motores sozinhos pesam 5000kg cada um, e custam cerca de 4 milhões de dólares.

Bruce Dickinson comentou: “A velocidade e eficiência desta operação foi incrivelmente complexa, inacreditável e ficamos muito felizes de ter nosso avião de volta. Gostaríamos de agradecer à Air Atlanta e seu incrível corpo técnico pelo grande esforço de conseguir isso em curto tempo, e à Boeing, LAN Chile, ACS e Rock-It Cargo Ltd por todo o seu apoio. Estamos tristes por nossos fãs em Cordoba, Buenos Aires, Rio e Belo Horizonte que perderam de ver o avião, mas esperamos que tenham apreciado os shows tanto quanto nós."

A Manutenção


Air Atlanta entrou em ação imediatamente após o acidente, com assistência técnica da Boeing. Uma reunião de emergência no Domingo foi feita para criar um plano compreensivo e detalhado para essa complexa operação – localizar motores adequados, reversores, capotas e outras partes, trabalhar com ferramentas necessárias e um time técnico, logística de transporte terrestre e aéreo, o transporte do time técnico e outros detalhes. Tudo isso a “partir de um rascunho do zero”, os dias seguintes foram gastos colocando esses meticulosos planos em seu lugar.

O resultado foi na última quinta-feira, 17 de março, um 747 da Cargolux decolou de Luxemburgo fretando os dois “novos” motores enormes para ser substituído, que foram trazidos de caminhão de Hanôver, Alemanha. O voo fez escala em Aeroporto de Stansted, Essex, Reino Unido, para recolher mais dois lotes. Carenagens e reversores foram transportados em enormes caixas de Kemble, Reino Unido, juntamente com ferramentas e consumíveis voando em especial de Jidá a Heathrow e seguindo para Stansted.

Na manhã de Sexta-feira, o 747 da Cargolux chegou em Santiago com a logística das peças necessárias. Os técnicos voaram da Islândia e da base da Air Atlanta, em Jidá. Seis técnicos no total para juntar o time do Ed Force One que conta com dois técnicos a bordo, Bjorn Bjarnason e Sigurbjarni ( Barney) Thormundsson, e Jeremy Smith da Rock It Cargo ltda, que está na turné supervisionando as cargas e aspectos alfandegários.


Os motores foram liberados pela Alfândega Chilena na hora do almoço de Sexta, e de lá transferidos para o centro de manutenção da LAN Chile, chegando antes das duas da tarde. Trabalhando em turnos de 24 horas por dia os técnicos foram capazes de começar a remover o motor número 1 e, em seguida, no sábado o motor número 2. Usando guinchos e guindastes os motores danificados foram retirados depois e deixando-os em uma armação, a fim de serem substituídos por “novos” motores. Os motores foram então levantados e colocados e em um lugar. Após, os pylons, (peça que dá apoio ao motor com a asa) foram sido inspecionados e radiografado para verificar se houve danos, sendo que ambos passou com distinção, em seguida, os novos motores foram ligados  – como um dos técnicos disse: “por milhões de cabos”. Ambos foram finalmente colocados no lugar até o meio dia de Domingo, e os reversores foram equipados durante a noite. Uma operação bastante complexa colocar os motores, pois estavam bem embaixo da asa. A peça final para operação foram os adesivos do Eddie serem colocados e ambos os motores testados em potência máxima.